O título auto-explicativo remete ao tema de uma “palestra” ocorrida na última segunda-feira, durante a aula de Tópicos Especiais em Comunicação, da turma de do 5º semestre de Jornalismo da UFRR.
O debate contou com a presença de alguns membros de entidades que promovem cultura no Estado, de Jornalistas que defenderam intensamente um espaço maior para o Jornalismo Cultural na mídia roraimense, do Professor mediador do debate, dos alunos da turma e convidados do 7º semestre. Diante do papo, as contradições.
As críticas começaram a aparecer e eu a me incomodar. Houve quem dissesse que o motivo pelo qual o Jornalismo Cultural não é explorado em Roraima é a falta de organização dos grupos culturais em dar uma maior abertura à imprensa. E eu me pergunto: Existe um grupo mais organizado do que o Teatro em Roraima?
Entretanto, os meios de comunicação só percebem a força dessa organização, quando algum evento está em pauta e a cobertura torna-se imprescindível.
Por mais de uma semana, o SESC apresentou a Amostra Macuxi de Artes. De fato os jornais divulgaram, encheram suas páginas com um crtl C + ctrl V deslavado da programação, e isto foi o máximo.
O debate contou com a presença de alguns membros de entidades que promovem cultura no Estado, de Jornalistas que defenderam intensamente um espaço maior para o Jornalismo Cultural na mídia roraimense, do Professor mediador do debate, dos alunos da turma e convidados do 7º semestre. Diante do papo, as contradições.
As críticas começaram a aparecer e eu a me incomodar. Houve quem dissesse que o motivo pelo qual o Jornalismo Cultural não é explorado em Roraima é a falta de organização dos grupos culturais em dar uma maior abertura à imprensa. E eu me pergunto: Existe um grupo mais organizado do que o Teatro em Roraima?
Entretanto, os meios de comunicação só percebem a força dessa organização, quando algum evento está em pauta e a cobertura torna-se imprescindível.
Por mais de uma semana, o SESC apresentou a Amostra Macuxi de Artes. De fato os jornais divulgaram, encheram suas páginas com um crtl C + ctrl V deslavado da programação, e isto foi o máximo.
Grupos de outros estados estiveram presentes, músicos, contadores de história, poetas, artesãos... E nem um espaço no caderno B repleto de baboseiras, horóscopo e resumo de novela, foi cedido à verdadeira essência da Amostra.
Em outros lugares do Brasil, os cadernos de cultura dos jornais estariam repletos de bom material jornalístico; enquanto aqui o máximo que vemos é uma notinha a respeito, como se cultura só fosse importante uma vez no ano, com algum evento que atrai público.
Quer dizer então que grupos como o antigo Roraimera, e o recém-formado Clã Caboclo só trabalham de vez em quando? A preocupação destas pessoas que, gratuitamente, têm um compromisso em resgatar a cultura do Estado, é só quando tem festinha e tudo e tal?
Errrr... eu acho que não é bem por aí.
E enquanto não houver um comprometimento com o tema, quadros fixos e cadernos reservados em que possa ser livre pra falar de cultura - sem estar preso às rédeas do jornalismo chavão, onde possa ser criativo, usar cores, boas fotos e conteúdos coerentes - o leitor roraimense nunca vai se adaptar ao Jornalismo Cultural, e vai continuar se divertindo com os boletins de ocorrência recém-saídos das delegacias e recheados de sangue, porque esta é a única opção que os jornais oferecem.
E aos donos dos jornais: não culpem a falta de mão-de-obra pra escrever sobre cultura. A verdade está nos bancos do curso de comunicação social: boa parte dos alunos é envolvida com alguma atividade cultural. São atores, são músicos, são artistas plásticos, são poetas, são escritores independentes... Não há desculpa. Veículos, a culpa é de vocês.
E seguindo a linha de raciocínio da Elânia: chega de reclamar, vamos apresentar soluções e cessar o bablabla! Porque o jornal não é só coluna social e fofoquinha, e desde já eu me comprometo com o blog e com meus colegas, a oferecer um incipiente e prosaico Jornalismo Cultural por essas bandas da blogosfera. Vamos lá lesminhas, ajeitem a cara do blog que eu não vejo a hora de começar.
Em outros lugares do Brasil, os cadernos de cultura dos jornais estariam repletos de bom material jornalístico; enquanto aqui o máximo que vemos é uma notinha a respeito, como se cultura só fosse importante uma vez no ano, com algum evento que atrai público.
Quer dizer então que grupos como o antigo Roraimera, e o recém-formado Clã Caboclo só trabalham de vez em quando? A preocupação destas pessoas que, gratuitamente, têm um compromisso em resgatar a cultura do Estado, é só quando tem festinha e tudo e tal?
Errrr... eu acho que não é bem por aí.
E enquanto não houver um comprometimento com o tema, quadros fixos e cadernos reservados em que possa ser livre pra falar de cultura - sem estar preso às rédeas do jornalismo chavão, onde possa ser criativo, usar cores, boas fotos e conteúdos coerentes - o leitor roraimense nunca vai se adaptar ao Jornalismo Cultural, e vai continuar se divertindo com os boletins de ocorrência recém-saídos das delegacias e recheados de sangue, porque esta é a única opção que os jornais oferecem.
E aos donos dos jornais: não culpem a falta de mão-de-obra pra escrever sobre cultura. A verdade está nos bancos do curso de comunicação social: boa parte dos alunos é envolvida com alguma atividade cultural. São atores, são músicos, são artistas plásticos, são poetas, são escritores independentes... Não há desculpa. Veículos, a culpa é de vocês.
E seguindo a linha de raciocínio da Elânia: chega de reclamar, vamos apresentar soluções e cessar o bablabla! Porque o jornal não é só coluna social e fofoquinha, e desde já eu me comprometo com o blog e com meus colegas, a oferecer um incipiente e prosaico Jornalismo Cultural por essas bandas da blogosfera. Vamos lá lesminhas, ajeitem a cara do blog que eu não vejo a hora de começar.
10 comentários:
Eu tbm me comprometo a fazer o que for possível a essa distância toda.
Garanto continuar a POLÍTICA DE QUINTA, e fazer o layout novo assim que eu receber a tal da Lesma.
;*
essa tal da lesma tá virando lenda!
mas, enfim, eu tb tô devendo post, né?
e siiim. cultura é muito importante e o povo não fala pq não quer. mas cmo a gente tá aqui pra ser do contra mesmo...
Bruna, me arrependo tanto de não ter ido ao debate (mais do que ter dormido no show do Zeca Baleiro). Por que minha monografia será sobre jornalismo cultural em Roraima. Então gostaria que você me passasse algumas coisas que foram ditas lá (como uma ata), ok?
E sim, onde foi parar a tal da lesma?
a lesma teria virado lensda???
han han han? entenderam o trocadilho?
Te falo sim Cora, mas não perdôo você ter dormido no show do Zeca!
Bruna
gente, por falar em veículos de comunicação, vcs fizeram alguma espécie de propaganda por aí?
acho que nem rola, huauhauhauhauhauh
a gente bate contra todos eles. :D
essa semana eu posto! \o/
É a Bruna!
Não João, ainda estamos esperando a Lesma da logo.
mas acho que ela é de rosca, não sai nunca!
depois dela, a divulgação.
Eu perdi a Mostra Macuxi por não ter visto divulgação em canto nenhum. E eu concordo com você, Bruna, em relação ao problema estar nos veículos.
Sabe o que eu acho? Chegou a um ponto onde tudo foi parar no ferro velho e ninguém tá apostando, nem fazendo um simples consórcio pra comprar um carro novo. E quer saber? Eu venho acreditando no Jornalesmas. Pela cultura e um pouco mais. Rs.
:)
que tal uma lesma segurando uma lanterna, representando a iluminação do saber? :x
e na outra mão, uma pena, tipo uma escrituária.
eu não tô bêbado. ;D
sério.
¬¬
Cara, você e o Aldenor Pimentel se dariam bem. Ele sugeriu uma lesma equilibrando uma bola no nariz, como uma foca.
Vamos por asas nela também? e que tal aureólas? Uhauahuahaua.
se a lesma peladinha já tá dificil, "tunada" então que vai se osso.
Uhauahuahaua
acho que vou escrever sobre isso hoje.
a lenda da lesma.
Brunildes.
Queria ter participado desse debate, mas nem fiquei sabendo.
Nem acredito que vocês escutaram isso da boca de "profissionais", o problema então está nos grupos culturais..
Tanta coisa acontece e a gente mal fica sabendo..mas se estamos estudando é para também mudar essa realidade..
Tá na hora de deixarmos de falar..falar..falar..criticar e começar a agir.. :)
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