quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Distúrbio do Envelhecimento Precoce.

Não há muito tempo, a Lesma Ina Carolina nos tornou pública a Síndrome da Vergonha Alheia, que atinge milhares de pessoas no mundo inteiro. Como essa, várias outras epidemias mentais se espelham pelo mundo, a grande maioria, com poucos estudos relacionados e origens desconhecidas. A exemplo, podemos citar o Distúrbio de Envelhecimento Precoce, ou simplesmente DEP, que apesar de bastante disseminado, passa quase que despercebido.

O diagnóstico difícil é uma das razões para não perceber a doença, visto que os comportamentos característicos são tidos como normais. Os portadores costumam pensar, por exemplo, que os bons tempos já passaram e estão velhos demais para uma série de coisas, como freqüentar carnavais fora de época, passar dias seguidos na farra e dançar de forma contínua uma noite inteira. Isso aos vinte anos!

No primeiro estágio a característica mais forte é o saudosismo. São rotineiras frases como:
- No meu tempo as coisas eram diferentes e a gente, sim, sabia se divertir.
- Aos doze anos eu ainda brincava de Barbie!
- Lembra quando íamos ao cinema e andávamos pela praça? Isso pra gente era sair.
- Quando eu tinha essa idade, ainda estava beijando. Hoje essas meninas já dão!

No segundo estágio há uma implicância maior com a nova geração, por entender, mesmo que de forma inconsciente, que a juventude lhes pertence. Geralmente o portador do DEP os evita, refugiando-se em barzinhos onde encontram os amigos dos pais em uma mesa e olhares insistentes e incômodos de outra, de alguém mais velho com uma aliança na mão, resultado agravantes de um pseudo-envelhecimento.

Por essas e outras, festinhas particulares ou pequenas reuniões de amigos acabam sendo as formas de diversão freqüentes pelas vítimas do DEP. Almoços, churrasco, pizzas, sushis ou, o que é mais comum, apenas bebidas alegram esses precoces velhinhos que a cada oportunidade dizem o quão estão velhos e o quão o mundo está perdido!

A estudante Marcely Maciel sabe o quanto sofre possuir o distúrbio. No começo do ano, no show da Banda Eva no Iate Clube de Boa Vista sofreu uma crise seriíssima: “Por todos os lados, meninos, meninas de quatorze, quinze anos. Abriram as portas das escolas e esqueceram de nos avisar! Eu me senti horrível”.

Situação semelhante passou J.P.B., 19 anos, chamado de ‘tio’ em uma boate: “Fiquei perplexo, sem ação” – foi tudo o que conseguiu dizer.

As informações a respeito do Distúrbio do Envelhecimento Precoce são poucas. Sabe-se que a doença possui a pessoa, tal qual uma febre possui um enfermo, e nunca o contrário. Segundo os dados, cada vez mais cedo será a incidência dos casos. Não há casos de cura.

5 comentários:

Cora disse...

o pior é quando a gente se pega dando bronca em curumim do mesmo jeito que fazíam com a gente. Mas a partir do momento que vc fala a frase "que menino malcriado!"... Aí f*deu, minha filha!

Bruna disse...

Eu então, sou uma velha de 60 anos.
Porque eu não suporto mais nada que não envolva apenas eu e a garrafa de skol.

e eu me recuso a comentar sobre o sushi.

UHAUAHAUAHAUAHAUAHUAHAUAAUAHAUAHAUAAUAHAUAHAUAHAUAHAUAHAUAHAUAHAUAAUHAU

Bruna disse...

e a cora vai me chamar de podre, quer ver?

Cora disse...

Não Bruna, seu comentário foi muito maduro!
Eu viajei nesse final de semana e antes da viagem falavam do Sushi, quando voltei, continuaram falando dele.
Aí eu pergunto QUE PORRA É ESSA DE SUSHI?
E porque me excluíram desse assunto?
Enfim...
tu é podre, Bruna.

Anônimo disse...

"Almoços, churrasco, pizzas, sushis ou, o que é mais comum, apenas bebidas alegram esses precoces velhinhos que a cada oportunidade dizem o quão estão velhos e o quão o mundo está perdido!"


a elânia que começou com essa história de sushi.

Bruna