terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O flanelinha de hoje é o jornalista de ontem?

















Olá amigos!

Já sei o que vão dizer: - Olha só quem resolveu aparecer!

E desde já, peço desculpas pelo sumiço (como sempre vou culpar o excesso de trabalho).

Mas lendo nosso blog não poderia deixar de postar sobre uma cena que me deixou intrigado durante alguns dias e que voltou à tona depois de ler o post da Bruna. Ela escreveu que os "best" acadêmicos de jornalismo, estavam procurando outras atividades que não a nossa célebre profissão.

Então sem enrolações, vamos ao fato. Outra noite, estava eu sentado em meu carro estacionado em frente a um grande hipermercado de nossa cidade (sem merchan, por favor). A minha estada ali tinha dois motivos:

1º Eu detesto ficar zanzando dentro de supermercados.
2º Eu preferi economizar uns trocados e vigiar meu próprio carro.


Então, sem mais o que fazer, principiei a observar um jovem empresário do ramo de "Segurança de veículos automotores" em plena atividade.
O rapaz, detentor de um riquíssimo vocabulário (sério, galera!) de fazer inveja a muitos, dentre alguns bons negócios, mandou exatamente essa para um de seus clientes:

"Oi patrão! Olha, eu cuidei perfeitamente do seu veículo. Nenhum indivíduo ameaçou a integridade física de seu carro".

Vocês, de certo, devem imaginar a minha cara...

Olha, isso me fez refletir acerca do mundo profissional e uma coisa é certa: Faça o que você fizer, trabalhe no que trabalhar, você precisa ter um "algo a mais", precisa ter diferenciais.

Se aquele flanelinha especializou-se no seu ramo de atividade eu não sei. Mas que ele pode ter sido um dos tais "ex-acadêmicos" a que a Bruna se referiu, ah! quem sabe?

Então fica a pergunta:

O flanelinha de hoje é o jornalista de ontem???

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Viagem ao centro da terra de Chico Mendes – um apêndice sobre pegadas de um jornalesma deixadas na Bolívia

E a aventura do nosso intrépido correspondente-lesma finalmente chega ao fim. E com status de missão internacional.
Sim, caros leitores deste jornalêsmico blog! Lá estava a fronteira de nossos hermanos bolivianos convidando-nos para uma visita!
E do Acre à Bolívia foi um salto, quer dizer, alguns passos. Não! O caro internauta não leu errado: nossa travessia Brasil-Bolívia foi feita a pé enxuto! Conseguimos atravessar com sucesso a pequena ponte (que mais parece uma escultura futurista com seus cabos de aço suspensos) que liga os dois países!
Cobija (a cidade fronteiriça) é a Santa Elena boliviana. Alguns empresários informais (sacoleiros) acreanos compram produtos lá para revender em Rio Branco (capital do Acre). Vale a pena! Encontrei artigos eletro-eletrônicos com a metade do preço de Boa Vista. Mas juro: não os revendi... O interessante é que foi possível voltar a pé com duas sacolas entupidas de compras para as terras tupiniquins sem nem mesmo ser abordado na fronteira.

Curiosidade: para mostrar que uma loja está fechada, aqui no Brasil, nós trancamos a porta e colocamos na parte de fora uma placa com o aviso: FECHADO. Já os bolivianos deixam a porta aberta e colocam uma cadeira escorada na porta impedindo a passagem. O impressionante é que ninguém entra!


Mas não posso concluir este relato sem falar sobre as regras de trânsito de nossos hermanos. Não sei se é no país todo ou só em Cobija. Só sei que lá é proibido andar de moto COM capacete. Exatamente o inverso do código de trânsito brasileiro. A justificativa é que um motociclista de capacete matou a tiros o Juiz da cidade tempos atrás. Até hoje ninguém sabe quem é o culpado. A proibição gera situações dignas de serem observadas: os brasileiros, após atravessarem a fronteira de moto, transformam o capacete em protetor de cotovelo (ver foto abaixo)! Fazer o quê! São as leis!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

pelo primeiro semestre, numa brincadeira de Verdade ou Conseqüência, perguntaram para o Sascha por que ele escolheu jornalismo. Ele disse que, como o Clark Kent era jornalista (e nas horas vagas era o Super-Homem) e o Peter Paker era Fotojornalista (além de Homem-Aranha), ele se sentiu inspirado para fazer esse curso que parecia ser no mínimo emocionante.

É lindo isso, na verdade. É que nem quando perguntam pra gente no primeiro dia de aula - naquelas dinâmicas de apresentação - por que escolhemos fazer o vestibular de Comunicação Social e o que esperamos do curso.
Só o que se constata é que ninguém sabe ao certo o que é aquilo onde se meteu:
- Ah, escolhi comunicação porque sou muito comunicativa - respondeu uma doida.
- Porque eu adoro ler - disse a outra
- Porque eu adoro falar
- Porque eu adoro fotografia
- Porque eu adoro escrever
- Sempre quis fazer tevê
- Sou muito ligado nas coisas
Conseguiram perceber a utopia?
Os motivos são vagos. O meu próprio motivo foi vago... mas fui sincera:
- Eu precisava passar em algum vestibular ou minha mãe me matava! - a segunda parte eu omiti - eu ia me inscrever para Letras mas disseram que o vestibular de Comunicação era mais fácil de passar.

Mas aí o curso começa e demoramos um pouco para acreditar que o que o trote já acabou.
Percebi que muita gente estava fazendo duas faculdades e ao serem questionadas sobre isso, respostas parecidas:
- A outra faculdade é para trabalhar e como hobby, o jornalismo.
Pois bem, baseando-me nas respostas do primeiro dia de aula e a resposta acima, posso concluir que ninguém encara jornalismo como profissão, mas hobby.
Ainda não vi alguém ser dentista nas horas vagas ou ser advogado só nos fins de semana. Será que alguém pode ser médico somente à noite?
Então por que jornalismo tem que ser hobby?
Na verdade a gente se imagina escrevendo artigos polêmicos e inteligentes assinando como jornalista, porque se você é jornalista você forma opinião, não é? (outra mentira que a gente fica repetindo a cada semestre).

Mas a gota d'água foi mandarem o pobre do professor substituto das aulas de fotografia.
Gente! Ele não sabia ligar a máquina! Nem ele acreditava no que tava dizendo, PORQUE ELE NÃO SABIA! Ele não tinha certeza de nada! Mandou o Tana (um aluno, que é também um fotógrafo) dar aulas no lugar dele.
E ter de ver o professor perdidaço toda semana, mendigando informações do Tana, me dava arrepios.
Que porra é essa?
Aí a doida da menina diz na metade do semestre:
- Tudo o que eu aprendi nessa aula... é que a gente não deve cortar a cabeça das pessoas quando for fotografar! - e claro seguido de um riso astuto e bocó ao mesmo tempo. - nem sei o que é esse tal de obturador... ou pra que serve o diafragma da máquina! Basta saber ligar!
Claro, depois disso nunca mais dei as caras naquela aula. Depois de um mês sem dar o ar da minha graça, descubro que o professor está disposto a me aprovar desde que eu faça um trabalhinho.
Lógico! Depois de simplesmente desaparecer e ter perdido TODAS as "aulas" desde a saída, depois de não ter feito mais nenhum trabalho! Descubro que há a possibilidade de eu passar! MESMO SEM SABER A MATÉRIA!
Desnecessário dizer que depois disso desapareci foi da faculdade.


Momento lazer:

VOCÊ SABIA

Que a Faculdade Atual usa a seguinte descrição do curso de jornalismo no site da instituição?

Depois que os Siegel e Shuster criaram o Super-Homem, em 1933, e decidiram que a outra identidade do super-herói seria o repórter Clark Kent, ficou difícil tirar dessa profissão o estigma da aventura, da defesa do cidadão e da sociedade. Na vida real, essa imagem tem um pouco de verdade. O jornalista é, certamente, um agente social importante, pois seu trabalho inclui a investigação de fatos com forte efeito na vida das pessoas e do país.

Comentário: Ah, tá.