terça-feira, 19 de agosto de 2008

Falando nisso...

Começou a guerra das patifarias!

Um dia desses, numa noite dessas, senti o nojo escorrer pela minhas têmporas. Lá pras tantas, depois de uma noite dificil, no fim de uma festa, recebi um santinho.
Até ai tudo bem, não é de se admirar, afinal a largada foi dada. Não fosse pelo rosto estampado no papel, eu até tinha olhado o que tinha acabado de receber. E foi automático: receber-amassar-e-joga-fora.

Nem em novela, tem gente mais cara-de-pau do que nessa cidade! Como é que um cidadão, que passou anos a frente do sindicato dos jornalistas, e não fez absolutamente nada pela classe, pretende se eleger como vereador?

Lembro-me bem das reclamações que apareciam no extinto Brasil Norte. Sempre pautadas no aumento do salário. E o editor-chefe dizia que o problema não era dele ou do jornal, e que o pepino estava nas mãos do sindicato, que deveria lutar pelo aumento do piso salarial dos jornalistas!

A classe já desorganizada, humilhada, sem vozes ativas, sem reconhecimento, sem respeito, contava apenas como uma sombra. Completamente prostituída, pautada por poderes políticos no sentindo mais literal da expressão. Jornalistas por formação, quatro anos na academia, obrigados a conviver com pseudo-profissionais com no máximo o ensino médio concluído. E o sindicato? Só se pronuncia quando têm comemorações, eventos, seminários.

De fato, a realidade vem mudando. Lentamente. Mas não porque houve uma união de forças, ou algum representante cobrou mudanças. E sim porque o mercado se auto regulou. Novos cursos, mais concorrência, e um acordo mudo entre empregado e empregadores. E o sindicato, fez o que? colheu os louros da vitoria? Nem isso! Talvez nem conheça a nova realidade que tem sido vivenciada nas redações.

Vergonhoso também são aqueles que utilizam o nome da comunidade em que moram para chamar atenção. Há um sujeitinho conhecido (principalmente nas fotos pornôs regionais que rolam na internet), que com um sorrrisinho cínico, estampa os santinhos. Junto da foto, a expressão "Força Jovem", e o nome. Fulano do Bairro Tal. Mas por que usar o nome da comunidade, se ele não sabe onde fica a sede da associação do bairro? Se nunca mostrou-se interessado em buscar melhorias pra sua comunidade? Se nunca esteve ligado a programas de iniciação politica desenvolvidos para jovens? E se as pessoas, no bairro, só o reconhecem pelo orgão sexual?

É de dar nojo.
Candidato a vereador? Obrigada! Já tenho o meu!
Fazer campanha? Só campanha contra!

3 comentários:

Anônimo disse...

"E se as pessoas, no bairro, só o reconhecem pelo orgão sexual?"

Fantástica frase!

Edgar Borges

www.edgarb.blogspot.com

pcapuleto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
pcapuleto disse...

Nem sei nem o que criticar em épocas assim. Eleição só traz alegria pro povo que se prostitui. Eu prefiro dar risadas assistindo ao Otário Eleitoral Gratuito. Quanto aos candidatos citados, sugiro que pautem suas campanhas em torno das suas virtudes: Um foi para o sindicato para ser sindico... o outro... Bem... Melhor começar a usar o "cabo" eleitoral... Tem muita vagaba vendendo mais que votos...