sexta-feira, 19 de junho de 2009

Os Jornalistas aplaudem o STF

"Aplausos para o Supremo Tribunal Federal, que sabe valorizar o profissional com nível superior.

Agradeço por me fazer lembrar das apostilas que comprei... do sono que perdi... da gasolina que gastei pra ir pra universidade... tudo isso pra ter meu futuro diploma praticamente inutilizável!

Quem estuda em uma Universidade Federal, garanto que não está com tanto asco da decisão do STF. Mas... quem se aperta todo mês pra garantir a verba do que agora, não vai valer NADA? O único respaldo que tínhamos nos foi tirado. Tudo está consumado. O que mais falta acontecer? Pior agora é se chover...Vou chamar um pajé curandeiro da Maloca da Barata pra trabalhar no HGR. Sendo que um diploma não faz falta pra um profissional... por que não? Ele ajuda pessoas do mesmo jeito (do seu estilo, mas ajuda...).

Ridícula a decisão do STF...Poderia até ser dado oportunidade pra pessoas com afinidade à profissão. Mas... que houvesse regras estabelecendo um meio ético, e principalmente justo, afim de que, aquele que cursa, ou cursou, ou quer cursar tenha direitos, e aquele que não quer, porém deseja, também tenha caminhos para que isso se torne realidade na sua vida.

Temos que dar valor para os que se inscreveram em uma universidade, concluíram curso superior e que merecem todo o respeito e mérito. Toda profissão de cunho intelectual necessita de graduação para que a mesma seja exercida. Ou então poderei eu advogar, trabalhar em engenharia, e a cada dia mudar meu registro e exercer a profissão que mais me agradar. Sem a exigência do diploma a profissão será banalizada, onde qualquer pessoa poderá registrar-se como tal e exercer a mesma sem qualquer ética.Em outras palavras: isso é uma total falta de respeito.

O Curso de jornalismo não é lá às mil maravilhas. Vemos muitas coisas que não se é usado na prática profissional, claro. Mas apreendemos a nos dedicar a um jornalismo didático e integrado, com respeito e espírito de trabalho coletivo. Os que levam isso pro profissional pós-faculdade, se destacam de muitos “profissionais” meia-boca por aí. Perdoe-me os autodidatas. Mas no espaço acadêmico temos razões e somos disciplinados de um modo que vocês desconhecem.

E a demanda pro vestibular para o curso de jornalismo? Quem vai querer fazer uma faculdade de um curso que não tem utilidade nessa altura do campeonato? E outra coisa: Se acham que existem maus jornalistas por aí ... quer dizer que serão mais bem preparados agora, sem diploma é? hum, bacana... Pô, quem quer ser jornalista, quem admira, tem interesse na área da comunicação, vai atrás de dar valor a profissão, e fazer no mínimo um curso superior, oras!Saber o que é pirâmide invertida, lead... saber sobre imprensa... se Faustão é bom... ler sobre comunicação... ah, e sem contar que agora o salário vai ser ótimo né não? e quem se esforça para estar numa faculdade não tem mérito nenhum?!

Valeu brasilzão!

Agora... vamos para o nosso próximo passo:
encher os meios de comunicação com parentes de políticos e de pessoas (que se julgam) importantes pra ninguém mais falar mal ou denunciar nada. E o diploma de jornalismo?

Use e abuse:

- caso sua mesa esteja em falso, você pode dobrar esse ilustre papel para corrigir;

- lembra das apostilas (que não foram poucas) que você comprou na xerox da universidade? Encaderne-as todas em um só livro, utilizando o diploma como CAPA;

- Se você plastificar, pode ser muito bom pra limpar o assoalho do seu carro com uma escovinha;

- Dobre-o até ficar do tamanho de uma cédula de identidade, e coloque dentro da carteira, pra dizer que está forrado de grana (rsrs);

- Lembra do buraco do parafuso do quadro que caiu faz décadas na sua sala? Põe ele lá. (Mas com o seu nome pra parede).


Me desculpem os erros de Português... mas quem se importa?? "





Colaboração do Estudante de Jornalismo da UFRR: Régis Luiz Calixto da Costa

Um comentário:

pimentel disse...

engraçado! tb tinha pensado em postar sobre o que fazer com o diploma.
poderíamos pedir sugestões do internauta.
eu tenho algumas sugestões: embrulhar peixe ou frutas, forrar o piso do carro e o tradicional papel de substituir o papel higiênico...