Durante os três anos em que estou na Universidade, defendi largamente a obrigatoriedade do diploma para o profissional de jornalismo. Anos estes que considero longos, intensos, perdidos e inúteis. Hoje, faltando muito pouco para dar adeus a UFRR, e trancar o curso que pelo qual me esforcei durante estes anos, me desfaço de todas as minhas concepções e posições sobre a formação acadêmica para o exercício de jornalista.
Aos meus colegas de curso, e aqueles que um dia pretendem ingressar em Jornalismo na UFRR eu desejo sorte. A sorte que eu tive quando encontrei tantos mestres queridos, que acreditaram em meu potencial e me deram a oportunidade (ilusão?) de sonhar com um jornalismo ético, honesto e em favor da sociedade e da liberdade.
E desejo mais sorte ainda, para que eles não cruzem seus caminhos com pessoas desonestas, corruptas... Iguais aquelas que me roubaram o desejo de formar em Comunicação Social. Profissionais prostituídos, que vendem sua honra para o primeiro que lhe oferecer uma boa quantia. Jornalistas frustrados, que deveriam se envergonhar de usar o título tão honorável como o título de professor.
Não é na academia que aprendemos sobre ética, sobre postura e conduta de um jornalista. Nos bancos da universidade encontramos os piores exemplos, os menos indicados pra nos servir de modelos.
E essa conclusão só é possível de se obter quando se está lá dentro. Quando se perde horas de sono por conta de provas e trabalhos e na maioria das vezes encontra a sala de aula vazia, pois provavelmente seu professor está em casa se recuperando de uns bofetes que levou no bordel. Você só se dá conta do tempo perdido quando freqüenta as aulas rigorosamente e misteriosamente 20 faltas aparecem no seu histórico; quando você entrega os trabalhos em dia, mesmo sem subsídios para construí-los (pois a sala de aula era usada pra discussões sobre mulher, cerveja, sexo e futebol, e os conteúdos previstos nem sequer foram ministrados) e é reprovado; quando todos seus mestres queridos se indignam com a sua reprovação e concordam que ela foi injusta.
Você se sente um babaca, quando seu professor sai de férias no meio do semestre pra pegar uma onda no nordeste... E você tem que construir um trabalho horrível e entregá-lo na data certa! Não sei o que é pior: ouvir as queixas do tal professor sobre seu trabalho, ou suportar ver em sua face o bronzeado dissimulado da praia de Tambaú! Enquanto ele curtia as férias, meu caro, você arrancava os cabelos na quente e inóspita Universidade Federal de Roraima.
Então você se pergunta milhares de vezes onde foi que errou e o que ainda faz na universidade! Quando o mais fácil é conseguir um padrinho que monte um programa de TV pra você, assim... de graça. Nem é preciso passar por tudo isso, acredite!
A ideologia de um jornalista está dentro da gente, na academia só as amizades valem a pena, as experiências trocadas com os colegas, o desenvolvimento de projetos científicos, as histórias de vida que valem a pena ficar sabendo! O resto? O resto é resto. É paradoxo. É tempo perdido. É uma noite de boemia. É contradição. É podridão.
Aos meus colegas de curso, e aqueles que um dia pretendem ingressar em Jornalismo na UFRR eu desejo sorte. A sorte que eu tive quando encontrei tantos mestres queridos, que acreditaram em meu potencial e me deram a oportunidade (ilusão?) de sonhar com um jornalismo ético, honesto e em favor da sociedade e da liberdade.
E desejo mais sorte ainda, para que eles não cruzem seus caminhos com pessoas desonestas, corruptas... Iguais aquelas que me roubaram o desejo de formar em Comunicação Social. Profissionais prostituídos, que vendem sua honra para o primeiro que lhe oferecer uma boa quantia. Jornalistas frustrados, que deveriam se envergonhar de usar o título tão honorável como o título de professor.
Não é na academia que aprendemos sobre ética, sobre postura e conduta de um jornalista. Nos bancos da universidade encontramos os piores exemplos, os menos indicados pra nos servir de modelos.
E essa conclusão só é possível de se obter quando se está lá dentro. Quando se perde horas de sono por conta de provas e trabalhos e na maioria das vezes encontra a sala de aula vazia, pois provavelmente seu professor está em casa se recuperando de uns bofetes que levou no bordel. Você só se dá conta do tempo perdido quando freqüenta as aulas rigorosamente e misteriosamente 20 faltas aparecem no seu histórico; quando você entrega os trabalhos em dia, mesmo sem subsídios para construí-los (pois a sala de aula era usada pra discussões sobre mulher, cerveja, sexo e futebol, e os conteúdos previstos nem sequer foram ministrados) e é reprovado; quando todos seus mestres queridos se indignam com a sua reprovação e concordam que ela foi injusta.
Você se sente um babaca, quando seu professor sai de férias no meio do semestre pra pegar uma onda no nordeste... E você tem que construir um trabalho horrível e entregá-lo na data certa! Não sei o que é pior: ouvir as queixas do tal professor sobre seu trabalho, ou suportar ver em sua face o bronzeado dissimulado da praia de Tambaú! Enquanto ele curtia as férias, meu caro, você arrancava os cabelos na quente e inóspita Universidade Federal de Roraima.
Então você se pergunta milhares de vezes onde foi que errou e o que ainda faz na universidade! Quando o mais fácil é conseguir um padrinho que monte um programa de TV pra você, assim... de graça. Nem é preciso passar por tudo isso, acredite!
A ideologia de um jornalista está dentro da gente, na academia só as amizades valem a pena, as experiências trocadas com os colegas, o desenvolvimento de projetos científicos, as histórias de vida que valem a pena ficar sabendo! O resto? O resto é resto. É paradoxo. É tempo perdido. É uma noite de boemia. É contradição. É podridão.
8 comentários:
Quando eu dizia que a Atual era melhor tu não concordava!
Vai a merda floco.
Bicha burra, esquece o proprio pseudônimo.
Clap, clap clap, clap (são os meus aplausos) para o belissimo texto, coerente com a realidade local.
Realista como a entupidas assessorias, cheias de pessoas protegidas por politicos. Parabéns mesmo!!
Abaixo os manuais de redação., tenha seu estilo.
Mas só uma pergunta, o que vc tem contra os boêmios?
Acessa ai www.boemionotivago.blig.ig.com.br
karalho bruninha! so seu fã!
Texto brilhante! :)
So fico triste que tenha acontecido algo tão chato com vc. Mas um dia a justiça aparece pra todos nós :)
Então, relendo...
Eu nao tiro sua razão... e compartilho da mesma opinião: diploma é um pedaço de papel... no nosso caso. Infelizmente.
Acho que todos nós passamos por essa fase de desilusão com a profissão, de sensação de derrota, de "não dá pra fazer mais nada!"...
Mas acho q vc tem a paixão necessária, vc tem o jeito pra coisa, vc tem a vontade... o texto prova isso. Pense em vc, sob o seu ponto de vista... o dos outros, problema deles.
Bjo!
E parabéns aos tres pelo belo trabalho...espero que seja pra valer!!!!!!
rsrs boa sorte!
Não poderia deixar de passar por aqui... Antes de mais nada, quero parabenizar a turma pelo blog...
Sobre o texto, bem... O que dizer da Bruna?
Pô, ela é um bebê com talento de uma imortal da ABL (leia-se idosa)... Talento esse que não pode esmorecer ante uma dificuldade, qualquer que seja...
Que o atual jornalismo macuxi é uma instituição falida, morta e decomposta, isso até os "pseudojornalistas" jabazeiros sabem... E a defesa ferrenha pelo modelo até agora adotado é baseada pura e simplesmente, por saberem que nós, seremos aqueles a ocuparem seus lugares num futuro próximo.
Idealismo minha gente! Isso não está fora de moda não, como pensa a maioria. Lutemos por nossos ideais!
Os proprietários de veículos de comunicação podem ter domínio econômico sobre alguns (ou será a maioria?) dos "escrivinhadores" de coisas parecidas com recortes da realidade, mas não podem destruir o idealismo dos bons profissionais. E talento e competência não se acha em qualquer lugar.
Somos nós, os únicos capazes de mudar a atual situação em que se encontra o jornalismo roraimense, onde predomina a vontade política e o compromisso com a ética, esse está em último plano. Será que alguém ainda lembra o que significa?
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